Empreender na área cultural deve ir além de preparar um projeto para inscrever em um edital ou lei de incentivo. É preciso enxergar sua atuação de maneira ampliada, transformando o projeto cultural em sociocriativo: inovação de forma sustentável, a partir de fluxos e processos criativos.
Para isso, é preciso desenvolver um pensamento inovador, sistêmico, baseado em práticas de pesquisa e orientado ao design da efetividade. E é isso que o pesquisador André Martinez irá ensinar no curso Inovação em Projetos Culturais, que acontece de 14 a 16 de março, no Cemec, em São Paulo.
O Planejamento Complexo é o que deveria guiar os projetos culturais, segundo Martinez. A Análise Dinergética, proposta por ele, é a análise das forças opostas que podem gerar harmonia e constituir uma energia criadora e transformadora nos empreendimentos. “Uma vez conhecidas e compreendidas essas forças opostas e suas inter-relações, pode-se aplicar o Planejamento Complexo, uma forma de planejar a gestão empreendedora a partir de uma lógica multidisciplinar”, afirma.
O foco de Martinez é capacitar os empreendedores para essa nova lógica, que traz sustentabilidade ao empreendimento sociocultural e criativo. “Os empreendedores, que são a energia que move todo o ciclo, precisam incorporar e disseminar novos repertórios e abordagens. É a única forma de consolidar novas perspectivas públicas e privadas”, defende ele.
O curso busca preparar gestores e empreendedores para lidar com a complexidade, harmonizando princípios que foram absolutos nas cadeias da Era Industrial – competitividade, produtividade e visão mercadológica – aos novos princípios que caracterizam as redes emergentes da Economia do Conhecimento – colaboração, inovação e visão sócio-sustentável.
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